segunda-feira, 9 de março de 2009

tema da semana 09/03/2009

TEMA DE REDAÇÃO – 09/03/2009

O aborto deve ou não deve ser legalizado? Por quê?

Há muitos anos, as nações discutem questões científicas, éticas, morais e religiosas que envolvem o aborto. Ele é legalizado e feito de forma segura em vários países, mas é ilegal e visto como grave crime em outros. Muitas mulheres (de todas as classe sociais e religiões) já interromperam uma gravidez indesejada, com ou sem ajuda médica, com ou sem respaldo legal. Uma das principais discussões é se a legalização do aborto diminuiria uma gravíssima questão de saúde pública: as complicações pós-aborto, que são a terceira causa de morte entre mulheres em idade fértil. O que você acha? Por razões médicas ou por escolha pessoal da mulher, o aborto deve ou não ser legalizado?
Quando o aborto é legalizado

"(...). No Brasil, o aborto só é permitido em casos de estupro ou de alto risco para a mãe. A interrupção da gravidez de bebês anencéfalos continua proibida, mas muitas mães têm conseguido autorização judicial para fazer o aborto." [Folha de S. Paulo, 08/02/2009.]

Aborto e história
"O aborto foi legalizado pela primeira vez na União Soviética, em 1920, e depois no Japão. Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o procedimento foi legalizado nos países controlados pela URSS e, a partir de 1967, em grande parte das democracias ocidentais. As razões apontadas para esta legalização foram o infanticídio, a mortalidade materna ligada à prática de aborto ilegal, os problemas psíquicos da mãe, as malformações do feto, os casos de estupro ou incesto, e a superpopulação de alguns países. No entanto, sua legalização é fonte de diversas polêmicas. Será que a legalizaçao conduzirá à banalização da sua prática, transformando-o num método contraceptivo? O aborto será um problema legal ou moral? É o embrião uma "pessoa em potência"? [?] As pessoas que são contra o aborto consideram-no, é claro, um crime religioso ou moral, e as que o aceitam dividem-se em relação ao momento em que se aborta e às circunstâncias que levam as mulheres a praticá-lo."

[Ana Freitas, para o blog Aborto: crime ou opção]
Uma história brasileira
Após desafiar a medicina e sobreviver por um ano, oito meses e doze dias, a menina Marcela de Jesus Ferreira morreu na sexta-feira. Ela nasceu sem cérebro, no dia 20 de novembro de 2006, em Patrocínio Paulista, a 413 quilômetros de São Paulo. [...] A maioria dos bebês que nascem com anencefalia (sem cérebro) consegue sobreviver por apenas algumas horas. Marcela, porém, não só viveu por mais de um ano, como vinha se desenvolvendo e até ganhou peso bem recentemente. [...].Quando completou nove meses de vida, Marcela passou a receber benefício assistencial do INSS de um salário-mínimo. [...] Passou a chamar a atenção do país sobretudo quando fez três meses, desafiando a ciência [...]. A menina acabou virando ícone do movimento antiaborto. "Minha decisão foi bastante clara. Jamais pensei em fazer isso", dissea mãe, Cacilda Galante Ferreira. [Diário de S.Paulo, 03/08/2008]

Outra história brasileira
Eu tinha 18 anos e um corpinho lindo, sobrancelhas grandes, cabelos compridos e escuros. Na minha primeira relação sexual fiquei grávida. Meus pais sempre foram muito severos (...). Contei para uma amiga, uma vizinha. Ela soube de um local onde uma mulher fazia aborto. Numa sala pequena, sem anestesia, sem medicamento nenhum, fiz a curetagem. A dor era tão intensa que ameacei gritar. Jamais vou esquecer-me daquela voz falando em tom alto e áspero para eu calar a boca. Voltei para casa e tive hemorragia por vários dias. Acabei em um hospital. Estava muito doente. Minha família nunca soube disso e foi ruim ter de esconder. Para ser mãe a gente tem de desejar ter um filho. Ele tem direito à vida, é verdade. Mas com amor dos pais, com condições para crescer com saúde e boa educação. Hoje tenho o Marcelo, a melhor coisa que me aconteceu. Estava casada e preparada para ter um filho.[Hebe Camargo, apresentadora de TV, revista Veja, 17-09-1997]
Observações

· Seu texto deve ser escrito em língua portuguesa;
· Não deve estar redigido em forma de poema (versos) ou narração;
· A redação deve ter no mínimo 200 palavras e no máximo 30 linhas escritas;
· Não deixe de dar um título a sua redação;
· Elaboração da Proposta
Profa. Dra. Márcia Lígia Guidin
Tendo como base as idéias apresentadas nos textos acima, os inscritos fizeram uma dissertação sobre o tema O aborto deve ou não deve ser legalizado? Por quê?
Fonte: www.uol.com.br em 09/03/2009, com adaptações.


Nenhum comentário: