segunda-feira, 8 de junho de 2009

O que lê Deus?

O QUE LÊ DEUS?

Deus lê? O que lê Deus?

Claro que não falamos de Deus, falamos do pai Deuslene, do amigo, da pessoa que recepciona a todos durante o dia no Cra.

Esse Deus lê e muito. Procurei por ele, para saber o que leu nos últimos tempos, além de jornais e revistas,

Vai aí a lista:

- O caçador de pipas
- Cidade do Sol
- A menina que roubava livros
- Os homens do fim do mundo
- Anjos e demônios
- Fortaleza digital
- A cabana

Pronto, acabei de colocar a última leva de leituras de Deuslene. Ele já deve ter terminado de ler o último da lista. Pode perguntar a ele que já deve haver novidade. O leitor que pegou o vírus da leitura não tem cura. (Gostaram da rima?)

LOBBY O QUE É?

LOBBY – O QUE É?

Lobby – Pessoa ou grupo que, nas ante-salas do Congresso, tentam influenciar os representantes do povo no sentido de fazê-los votar segundo os próprios interesses ou de grupos que representam.
(Fonte: www.uol.com.br/aprendiz)


Congresso discute tema há 20 anos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Arrasta-se há 20 anos no Congresso, sem solução, o debate sobre a regulamentação da atividade de lobby.
O tema divide a própria categoria. Um setor defende uma regulamentação mais profunda, com regras de transparência e responsabilidade jurídica. Outro prefere mais liberdade, tornando o lobby uma profissão regular, com direito a credenciamento nos três Poderes.

Hoje, tramitam na Câmara nove propostas acerca do tema. A mais antiga é do senador Marco Maciel (DEM-PE), que propõe regras para atuação dos lobistas somente no Legislativo. A mais nova, que tem a preferência do governo, foi apresentada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e abrange toda a administração pública.

Os EUA regulamentaram a atividade em 1946. A União Europeia, em 2006. No Brasil, nada existe a respeito da prática, apesar de a regulamentação do lobby fazer parte das metas da Enccla, o conjunto de ações governamentais estruturadas para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro.
A CGU (Controladoria Geral da União) é responsável, juntamente com o Ministério da Justiça, pelo assunto dentro do governo.

Os dois órgãos defendem uma regulamentação que dê transparência ao serviço de lobby, obrigando os servidores públicos a divulgarem com quem se reuniram para tomar determinada decisão.
"Quando fizemos um seminário sobre o tema, ministros de Estado defenderam a ideia como prioritária, mas daí a isso se transformar em ação há diferença", diz o ministro da CGU, Jorge Hage.

O projeto de Zarattini define como lobby "pressão ou esforço deliberado para influenciar a decisão administrativa ou legislativa em determinado sentido, favorável à entidade representativa de grupo de interesse, ou de alguém atuando em defesa de interesse próprio ou de terceiros, ou em sentido contrário ao interesse de terceiros".

Entre outras exigências, determina que o lobista faça uma declaração anual ao Tribunal de Contas da União na qual devem constar as notas fiscais de todas as despesas decorrentes de sua atividade.
Também é necessário informar o número de horas investidas na prática da influência, com que propósito e em nome de qual cliente.

(Folha de São Paulo, 07/06/2009, Caderno A)

REGRA DO JOGO

Escritórios dividem espaço com "milagreiros" terceirizados
Incomodados com associação à corrupção, lobistas profissionais renegam trabalho da segunda categoria, que cobra taxa de sucesso sobre valor de negócios

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Personagens dos bastidores e dos grandes e pequenos negócios de Brasília, os lobistas integram uma comunidade formada por escritórios profissionais, diretores de grandes empresas, dirigentes de entidades e os chamados "milagreiros".

Essa última categoria é aquela dos que prometem resolver qualquer negócio, trabalham como terceirizados e geralmente cobram taxa de sucesso, uma porcentagem sobre o valor obtido na transação.

Incomodados com a associação do termo lobby ao tráfico de influência e à corrupção, os lobistas profissionais não gostam de serem confundidos com os "milagreiros". Estes são mais visados pela Polícia Federal e costumam assumir responsabilidades quando flagrados, isentando seus clientes.

As estruturas classificadas de profissionais e que admitem abertamente fazer lobby são os escritórios de assessoria e consultoria. Os mais conhecidos são a Patri e a Umbelino Lôbo. Os dois contam com equipes de consultores que circulam pelo Executivo, Congresso e Judiciário monitorando os trabalhos dos três Poderes.

A Patri tem cerca de 55 funcionários e a Umbelino Lôbo, 24. Trabalham para empresas e entidades por meio de contratos de prestação de serviços, fornecendo banco de dados e definindo estratégias de ação para atingir os objetivos desejados, o que inclui agendamento de reuniões com autoridades.

Enquanto a Patri e a Umbelino Lôbo admitem que fazem lobby, com a ressalva de que não trabalham com taxa de sucesso nem negociam diretamente em nome de seus clientes, a maior parte dos lobistas evita a classificação por considerá-la pejorativa.

As grandes empresas, por sinal, usam duas designações para identificar seus profissionais responsáveis pelos contatos e negociações com o poder público: os diretores de relações governamentais ou de relações institucionais.

Funcionários de tradicionais doadores de campanha, os lobistas ou diretores de relações governamentais de bancos e empreiteiras, por exemplo, reconhecem que têm mais facilidade no acesso a gabinetes do Executivo e são muito demandados por parlamentares. Afinal, muitos têm o poder de influenciar na lista de doação de suas empresas.

Recentemente, esses diretores, que não gostam de aparecer, foram expostos publicamente por causa da Operação Castelo de Areia, da PF, em que funcionários da Camargo Corrêa foram gravados falando de doações para políticos.

O assédio às empreiteiras é um assunto sensível. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio (PTB), que trata o assunto lobby com tranquilidade e é a favor da regulamentação, explica o porquê: "No Orçamento, onde atuam principalmente as empreiteiras, briga-se por dinheiro, nas demais comissões, por projeto. Ninguém quer assumir isso".

Como trabalham numa profissão sem reconhecimento legal, os lobistas não têm direito a credenciamento como tal para circular pelo público de 5.500 visitantes das quartas-feiras no Congresso, dia reservado para as votações mais importan
tes.
No lobby das entidades de classe, o mais bem organizado é o da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que todo ano lança sua Agenda Legislativa. Na versão 2009, a publicação apresenta 13 projetos de interesse prioritário no Congresso. A CNI contratou o ex-deputado Gonzaga Mota para a interface com o Congresso e conta com a influência de seu presidente, deputado Armando Monteiro (PTB-PE), para os assuntos mais prioritários. (VC e AM)(Fonte: Folha de São Paulo, 07/06/2009)